ENCONTRO-TE
ENCONTRO-TE
Encontro-te perdida nos pensamentos,
encontro-te partida sem definida ida,
encontro-te em partes,
encontro-te aliada à outros momentos,
encontro-te apenas nas páginas desencontradas dos elogios.
Por entre guetos e muros à perambular,
algo percebo,
é que na meia-noite não temos o bem-estar.
Nossos momentos agora caminham dispersos em minutos diferentes,
foram relógios que não foram ajustados pelo mesmo obreiro,
pois não pagamos a conta em conjunto.
Aparece você... depois eu... e vice-versa... e assim se vai.
E quando vem à mim não me avisas; e eu não mais me vou.
apenas vôo, cuidando das asas abertas pra não se fechar.
E a tempestade na madrugada cai.
Isso que sinto.
Isso que digo.
Isso que penso.
Isso que vejo, apenas por encontrar-te à mim ausente,
E não dou o meu grito de dor, de 'ai'.
Mesmo que juntos pairamos textos por perto,
temos em contemporâneo às emoções presentes,
estamos entre nós um pouco diferentes.
Não obstante (ao modo formal), encontro-te,
Encontro-te porque quero e busco,
almejo... e não fostes apenas um texto passado à limpo,
encontro-te porque sei que à mim, tu não és indiferente,
e tampouco eu à você.
As asas continuam abertas (não fechadas),
pro vôo continuar sua alçada;
Na vida ainda haverá um lindo caminho lindo (a percorrer).
E por encontros, buscamos a ocasião, entrementes.
...encontro-te,
mesmo que seja somente na minha boa memória,
simples assim,
simples, simplesmente...