EPÍLOGO
EPÍLOGO
Um inusitado romance,
que trilhou caminhos do nada escrito.
Um vazio insensato e um texto não formatado.
Nada dirigido. Nihil ao preparável.
Parecia as vezes o indefinível.
Nenhuma performance prévia,
Nenhum registro anotado,
Nem rascunho havia se dado.
Pairava-se o ininteligível.
Os capítulos eram introitos apenas daquele momento,
e nada mais...
Ao índice inexistente, não havia como ou o que, se pesquisar.
Palavras soltas,
Verbos inauditos,
Temas invariados,
e cenas de ocasião que contracenavam uma inóspita emoção.
Mas se nada era em favor,
(não se achava da estória o louvor)
o epílogo se desalinhou...
Ou melhor, anotou seu espaço (ao fim).
Marcou seu momento, incrédulo, enfim.
Entre as placas da memória do texto (então inexistente),
Aplacou-se o fim do romance - o casal - aos beijos e abraços.
E entre laços dessa união,
feita ao acaso e ocasos,
mesmo que nada escrito,
(apenas imagens)
Terminou-se a plateia a levantar,
E o clamor do momento foi de intensos aplausos.
Ainda que nada se entenda à ocasião,
Em contra-regras de cenas não ditas,
O epílogo mostrou que tudo na vida tem um porque.
E o romance marcou seu registro na história da vida.
(Fim)
Antonio Jadel
Enviado por Antonio Jadel em 13/10/2016
Alterado em 24/04/2017