UM CONVITE À CEIA
UM CONVITE À CEIA
Veio-me Thanatus ao encontro,
Acompanhado de sua donzela: capa preta, sorriso sarcástico (cadavérico, nada belo) e a foice na mão direita.
A espreita, convidam-me à ceia noturna,
Sem qualquer cerimônia distinta.
Dizem-me que me querem no além.
Mas... Porém...
Aflito, desprotegido e arredio,
Finjo-me falso à cortesia.
À eles não dou ouvidos.
Em pensamento, mando-lhes 'pra puta-que-pariu',
Afinal, me chamam sem pré-aviso,
Sem nenhuma formalidade,
Sem roteiro antes determinado.
E ao final do dia, atrevido,
Nego-lhes o convite.
Não vou ao encontro tardio.
À mia companhia, não os permiti.
Fugi. Menti. Não os acolhi.
E por isso, sobrevivi.
Antonio Jadel
Enviado por Antonio Jadel em 20/09/2016
Alterado em 22/04/2017