QUANDO A TARDE...
QUANDO A TARDE...
Quando a tarde vai partindo,
Momentos de despedida se anunciam,
E na certeza do melhor ter feito,
O encontro nada mais foi do que mera eloquência do acaso.
Quando a tarde propulsa suas vivas cores no céu,
O caminhar é firme; é o seu próprio bem-estar.
O clima favorece. E o pensamento do espírito enobrece.
Nada atrapalha. Tudo está ao entorno do perfeito.
Quanto a tarde revela à todos o seu encanto,
Não profere jamais injúrias da natureza.
A harmonia vinga o seu espaço.
E toda paz é sensata à sua festa.
Mas... porquanto a vitória e a derrota bailem juntas na mesma morada.
- eis que se olham e namoram ao longo do dia -
A escolha é feita pelo bem-querer.
É quando a tarde vem dar seus frutos,
Vem no propósito, permanecer.
E quando a tarde anuncia o seu ego,
A noite chega e lhe beija a testa,
Ao cumprimento do complemento: o necessário.
Entendem pois, períodos d'ora, que tudo é uma festa.
Mas a tarde está chorando por você,
E por que chora a tarde (Antônio Marcos);
Tem a indagação a resposta, ao retrato da emoção.
Ela chora porque sempre busca o melhor.
E no contínuo querer,
Dessa frenética busca do que lhe é 'best',
Reveste-se toda em luz, o resplandescer.
A tarde ensina, lê um romance e medita.
Vê-se quando a tarde dita regras ao homem,
- ao seu jeito nobre -
- a beleza em desafio -
De como ele sempre deve a vida encarar,
De como ele sempre na vida há ser.
Antonio Jadel
Enviado por Antonio Jadel em 13/09/2016
Alterado em 24/04/2017