APOGEUAPOGEU
Tropeços na linha da escada, um salto.
Que caem em contrapé, ao topo do alto.
Um ponta-cabeça de tudo ao contrário.
Por cima o desiderato.
Por baixo, o escalão necessário.
Um assalto sem regras. Um sobressalto sem planos.
E o tempo é quem dita as regras.
Sem desenganos. Mas há de se chegar lá...
O apogeu é mero fator de momento.
Quando se quer, se viola qualquer legislação.
Quando se tem, não se percebe que o dom se-lhe faz a precisão.
Quando se perde, se murcham as flores do formoso jardim. Se premia o contexto insólito, a indecisão.
E o apogeu não é martírio.
É um apanágio de sonhos,
Na alma de quem já lhe teve...
... ou mesmo à quem outrem prometeu.