DISCRETA DESCRIÇÃO
DISCRETA DESCRIÇÃO
Disparam as batidas do meu coração,
Dispo minha alma,
Disfarço a emoção,
Discuto com a consciência,
Disputo partidas ganhas, ainda que sem plateias.
E disto, destoam-me nexos da solidão.
Não me sinto disperso, mas vejo...
... que as disputas da vida não enxergam o ponto final.
Mas eu não me dou por vencido.
Divirjo. Divago. Discordo. Delimito parâmetros.
E pra distrair, discreto, eu discorro textos poéticos.
Disserto dentro de mim glórias inquietas.
Dispenso assim, os conselhos do mal.
E pouco ou nada disperso, vou em frente, disponível à minha maneira.
Percorro distâncias infinitas (que só cabem à mim).
Sou discípulo da minha filosofia.
E disposto de anseios,
Déspota do nada, eu caminho. Caminho. Caminho.
Distribuo sorrisos de graça, ao mesmo ponto que dissolvo minhas angústias.
Sou dissidente do básico.
Porisso só tenho distúrbios normais.
E assim eu alcanço, enfim, com discrição,
O distintivo da minha vitória.
Tenho pois - em breve discreto relato - depois disso tudo,
Daquilo que um pouco sou,
A minha fiel descrição.
Antonio Jadel
Enviado por Antonio Jadel em 20/08/2016