LUXÚRIAS
LUXÚRIAS
Luxúrias à minha mesa,
O dilema é que tudo parece uma beleza.
A comida é farta,
Talheres em cristais de azul anil,
E a poesia é desnecessária.
Já que ao luxo, tudo se completa.
Mas caem brincos de ouro falso ao chão,
Marcas da moda todas de contrafação.
Espelhos que refletem a vaidade social.
E busco eu o famigerado apogeu dos brilhos humanos.
E não se vê ninguém mais como sendo o 'tal'.
E nada mais eu encontro.
Luxúrias, de nada...
Luxúrias, ultrapassadas.
Luxúrias, vagabundeadas.
Tudo é falseado.
Do poder, somente argúrias.
Ao meu lado, só vejo bruxas.