Antonio Jadel

Entre Sonhos & Poesias, a realidade do dia-a-dia.

Textos

O TEMPO QUE SE QUEBROU

O TEMPO QUE SE QUEBROU

Rolam as pedras,
Descem palmeiras e cachoeiras do tempo,
E este que foi além, não se pré-anunciou.
E se quebrou. O tempo...

Por vagas resolutas e vazias,
Palácios silenciosamente fechados.
Almoços dominicais que não mais existem.
(hoje tudo é por conta)
E estórias de glórias que não mais se repetem.
(hoje tudo é do contra).

O tempo partiu sem saber que foi.
E não deixou anotado em nenhum bilhete de mesa.
Não houve preparo prévio ao futuro-presente.
Ficamos então sem saber. Indecentes.
O que fazer por nada a fazer. Indecisão...
O que queremos? Versus (não versos) sobre o que temos !

Versa assim a passagem da angústia.
Versa assim o declínio da sorte.
Versa assim o martírio da vil profissão (do amor).
Versa assim anseios pensados à meia-noite.
Sentimentos de um temporão.
Das dúvidas aglutinadas no seio d'alma.
E o tempo é caro. E raro. E claro.

Mas do início que foi, ele - tempo - não se pré-anunciou.
E quebrou-se pois a pulseira do meu relógio de pulso.
Um susto. E ele caiu.
O relógio. E com ele o tempo.
Quebrantados em segundos, cada qual rompidos por si,
À sua moção, à sua maneira de ser.

Silêncio... Reflexões...

E foi assim que o tempo passou.
Elástico, mas relicário e frágil à ruptura daquilo que foi.
Ele, tempo, o mesmo que se quebrou.
Nos fez sonhar e depois recuou.
Não mais voltará à ser o que era...
Não mais será aquilo que foi.
Não mais marcará o que marcou.
Antonio Jadel
Enviado por Antonio Jadel em 09/08/2016
Alterado em 09/08/2016


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