TEU CORPOTEU CORPO
Teu corpo arredio, sui generis,
Macio. Toque de recolher (pouco se entende),
No qual se busca o conforto.
Teu corpo, resplandesce anonimato.
Mas mostra sublime sua paixão.
É desvairado no caminhar.
Surreal naquilo que és,
Parece a perfeita imperfeição.
Teu corpo,
Tens o contato de branca pele - de seda,
Ao modo muito de se gostar.
O cheiro é incolor.
O perfume é de amor.
E as fotos cabem num pôster.
Teu corpo é estridente,
Grita e reclama. Chama e pede, muito mais que ardor.
Ao passo de um gozo na cama,
De manhã...
Chama e pede, novamente ao sabor do vinho-licor,
Ele me tem quando quer,
Ou eu que procuro,
Satisfazer...
Instintos...
Negligências postas a mil...
Em teu corpo, suado - e já disse - arredio,
Você, como quero e vejo, você,
Fácil ou difícil naquilo que se puder,
E uma constante busca do que vier.
Ah, tua mente, vontades,
Ah, teu corpo, vaidades,
Você, inteira por si,
Você, inteira mulher.