NAS VIELAS DE PINHEIROS
NAS VIELAS DE PINHEIROS
Por andanças, entre poeiras na calcada,
Lixos proliferados das mentes dos transeuntes,
Contra-encontros de vagabundos e damas de companhia,
E uma cósmica confusão comercial.
Uma loucura fenomenal.
Eu caminhei...
E nas vielas de Pinheiros me externei,
Por ali mesmo eu parei e comi (almocei),
Ao encontro do passado (um sonho) e o presente (o que virá).
Arrefecei-me...
À minha frente, os painéis de arte-moderna que admiravam meus olhos.
E naquelas vielas - muitas de hoje ruas famosas, formosas,
Onde não há mais pinheiros (somente comércios festeiros),
Eu mais que me confortei,
Vi o meio-dia passar depressa,
E pessoas pra lá e pra cá.
Eu me considerei.
Eu me desalienei.
Eu me desapeguei.
Ah, vale sempre a pena o acreditar.
E nas vielas de Pinheiros,
Pequenas e tortas, retas e oblíquas,
Eu novamente voltei a sonhar...
Antonio Jadel
Enviado por Antonio Jadel em 03/08/2016