Antonio Jadel

Entre Sonhos & Poesias, a realidade do dia-a-dia.

Textos

POEMA SEM NEXO

POEMA SEM NEXO

O complexo texto de um poema arcaico,
Sem nexo, muito menos o nada à oferecer, 
Ficou depositado no congelador (da alma).

 
Fechado ao mundo dos tolos,
Aberto ao enigma da madrugada.
E da pátria-amada, nada...

Apenas sem teto,
Sem emprego ou sem dinheiro.
E também sem nexo (de novo),
para os cinéfilos (nada novo).

 
Num plano ótico (não gótico),
Para os famintos religiosos,
Fanáticos por hambúrguers sem ossos.
Um viva ao consumismo, dito pragmatismo.

E todos fracassos comemoram seus êxitos,
Lampejos e desejos...
Atacados de raiva e insestuosos varejos, 

 
E se viu que o plano mental é dos ricos bancários
(filhos-da-puta).
Um quebra-cabeças de palavrões,
E das merdas caem trovões - de glórias,
Relâmpagos amargos, censurados, obcecados, sem sons.
Um trânsito confuso entre letras e pontuação,
Que não giram nem se encaixam,
São parafusos do nada.
Parafusos dos corpos multilacerados...

O povo então que é livre (?)
Do dinheiro, encarcerados. 

 
Tudo, muito do tudo e do presente e além,
Sem rezas, promessas nem blá-blá-blá dos 'améns', 
Entre textos cortados e curtidos,
Fantasias e dilemas anexos,
E oxalá haja gozo sem sexo,
Pois tudo é razão. E tudo também é emoção.

Assim é que é, assim há de ser. 
O mundo todo é confusão que se entende. 
Vias, arrelias e trocas de ponderações. 
Infindáveis conexões. Reflexões.
Fonemas dislexos, 
Mas tudo é totalmente sem nexo (repita-se).
Entre o viver e o perecer, 
Palpita-se...
E o (in)inteligível poema se faz acontecer.
Antonio Jadel
Enviado por Antonio Jadel em 14/07/2016


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