O MUNDO É DE TODOS NÓS
O MUNDO É DE TODOS NÓS
Meu corpo,
Meu mundo,
Meu conforto,
Meu ego, meu eu,
Minha consciência, assim é que sou.
Meu ser, minha vida,
Meu incômodo e cômodo jeito de ser...
Meus êxitos, meus feitos,
Meus ganhos e minhas perdas,
Minhas glórias, minhas vitórias,
Meus fracassos, meus tropeços.
E minhas erguidas, pra cima...
...Para além do além (Amém).
O meu olhar e o meu sentir. Tudo constante e equidistante.
Meu ponto de vista. Meus propósitos, minhas opiniões,
Minhas feridas (curadas),
Minhas feridas (resgatadas),
Minhas feridas (inda não ocasionadas),
Meus medos e meus sorrisos - o Sol é um brilho eterno,
O meu passado, o meu presente e o meu futuro.
Meu Gitâ (início, meio e fim).
Um louvor ao meu esquecimento - o meu perdão,
Minhas idas e vindas,
Os meus caminhos - meus percalços e desalinhos,
'pois havia uma pedra no meio do caminho'.
Minhas andanças, ainda assim eu continuei,
Minhas danças - rotineiras festas,
Minhas jornadas, minhas encruzilhadas,
Meus pontos de encontro (onde encontro os outros),
Meus tabús, meus conceitos,
Minhas lições e meus ensinamentos,
Os meus protótipos preceitos,
Minhas convicções atreladas ao meu jurídico parecer,
O meu trabalho, a minha conduta labuta,
Meu jeito de ser (já falei),
Tudo que é meu - do meu mundo - é meu,
Até minha cara-metade,
Assim é que sou, assim sou eu,
Não é vaidade, é a minha verdade (realidade).
Mas meu conforto é amplo demais,
É que não me sinto a sós,
Eu tenho o meu mundo (está dito e feito),
Mas em questão de verdade,
O mundo não é só meu (mesmo o lacônico meu),
'O mundo é de todos nós'.