CAVEIRAS DOS DESALMADOS
CAVEIRAS DOS DESALMADOS
Ao túmulo flores que estampam flores: rosas e cravos,
Pontudos espinhos,
Medidas em côvados disciplinados.
Crápulas covas que nos escondem.
E eu me curvo - fujo. E cavo meus vícios, vagos.
Mas eu não roubo (sou bobo).
Incúrias do corpo, ceivas d'alma.
Por cômodas e cômicas definições,
Sou contra o covil de ladrões que buscam propinas,
São todos covardes.
Filhos-da-Puta abençoados (ao vil metal),
Amaldiçoados (ao povo em geral)
Quero-os na cova, definhados.
Caras e caveiras. Homens descartados.
Com suas carteiras vazias.
Almas sem cor.
Dores sem anestesia. Putrefação dos desalmados.
Antonio Jadel
Enviado por Antonio Jadel em 21/06/2016
Alterado em 23/04/2017