EXCEÇÃO
EXCEÇÃO
Sou exceção, e porisso, confirmo a regra.
De ser aquilo que sou.
Sem máculas ou míseras misérias.
Com glórias e sem diplomas.
Com tudo e com nada ao mesmo tempo.
Vivo comigo mesmo em meus sentimentos.
E não me dou atenção aos parelhos cidadãos,
Que nefastos me comentam.
Pró-críticas ou pré-elogios.
Por magníficos dizeres. Ou interesses (vaidosos).
Pós a indecisão... São todos inescrupulosos...
Um crime de marca maior,
Da alma, uma contrafação.
Posta-me, pois, eu mesmo,
Sem ligar pro que eu tenho ou que deixo de ter,
Apenas que sou (o ser),
Na minha reles exceção.
obs: uma dedicatória à poetisa Conceição Evaristo.