NEBLINAS
NEBLINAS
A calmaria que perdurou ao dia,
E o sol não incomoda o tempo do inverno.
Veio modesto, apenas resplandeceu o seu viver.
Sob a proteção das mantas,
Baixamos em ambos as fúrias dos sentimentos.
Entornamos beijos e abraços. Gozos...
E então ficamos quietos.
Entre braços e corpos cruzados.
Momentos momentâneos, duradouros e incertos.
Mas a volta pra casa se deu por entre neblinas,
Depois de um lindo entardecer.
Neblinas...
Que resplandecem ao horizonte.
E escondem o foco do 'logo ali que está'.
E portanto então, nos despedimos.
Saudosos... emocionados... extasiados...
E as neblinas ficaram marcadas pro resto da vida.
Na estrada, apenas por baixos faróis, iluminada.
Mas elas são fortes, não desanimam.
Neblinas que não se dissipam.
Neblinas que apareceram.
Neblinas que ficaram por conta da vida.
E das dúvidas do 'entre dois seres'.
Neblinas que névoas nuvens por si sobrevivem.
Neblinas à sos,
e neblinas que tomavam conta de nós.
De frio e de brisas untadas a esmo - neblinas intactas,
Imaculadas gotas de ar,
Neblinas que entre nós e por si se imaginam,
E apenas por isso - neblinas - que nos instigam.
Antonio Jadel
Enviado por Antonio Jadel em 19/06/2016
Alterado em 22/04/2017