REFLEXOSREFLEXOS
São vários beijos que se vêem,
Corpos apaixonados que se grudam, alhures,
Por toques delicados,
Romances terapêuticos,
E capítulos em cenas de novelas...
Nada disso. Pura fantasia do poeta.
Pudera... mente infantil que divaga no espaço.
Divaga no tempo e na sua própria piedade.
Entre quimeras, querências e querelas...
O que se vê são apenas reflexos.
Deu-se chuva torrencial.
O lar que sobrevive na queda de energia.
O jantar a luz-de-velas, não romanesco.
Necessidade - embora pareça magia, aquarelas...
E da fria estatueta na mesa; de um beijo,
A realidade: seus reflexos na parede.
Lançada incômoda aos raios luminosos,
Das chamas acesas, das variadas velas.