SURTO
SURTO
Surto, susto.
Quebra-se o vento. Molha-se o rosto (de sangue).
Vísceras agressões. De murro em ponta de faca, que corta...
De palavras que são atiradas, e rasgam...
A pele camuflada se desfaz.
O orgulho se mostra autoritário.
Vence alto o algoz.
Grita-se o grito da insensatez.
Surto, mudo, não surdo porque vozes se escutam.
Surto, defunto. Enterro o passado.
E vejo que vivo o presente, e me assusto.
Porque não me foge ao meu redor,
Sempre, o surto.
Surto de alguém,
Surto ninguém.
Surtos que à Deus provém.
Antonio Jadel
Enviado por Antonio Jadel em 25/05/2016
Alterado em 22/04/2017