Antonio Jadel

Entre Sonhos & Poesias, a realidade do dia-a-dia.

Textos

ATÉ ONDE?

ATÉ ONDE?

Ao procurar por ti,
Me caio - embora valente - aos ombros da esperança.
Diga-me, sem perfídia: até onde vou?
Até onde eu posso ir?
Busco-te em qual lugar?

Em verdade, já percorri mil caminhos.
Até agora só desalinhos.

Fui ver se você estava na'squina. Dobrei-a incauto,
Só vi orelhões depredados,
Lixos atabalhoados,
Gente elucidada correndo do tempo que passa,
E deveras não te encontrei;

Fui até onde Judas perdeu as botas.
Incrível! As encontrei (as botas), estavam intactas,
Embora sujas de lama, e eu não quis calçá-las.
Tive medo do meu pecado.
De continuar a errar, e ao mundo trair.
E deveras de novo, eu não te achei;

Fui ao espaço sideral. E me dei mal.
De lá nada tirei. Infinitos propósitos do Universo.
Percebi que a vida humana deve ficar aqui embaixo.
O estrelar é muito mais do que nós.
Ainda não alcançamos esse mistério da fé.
Logicamente, lá você não estava;

Fui ao outro lado do mundo.
Fui para a China (isso é verdade),
Corri maratona. Ganhei mia medalha,
Mas a batalha de te encontrar, essa faliu.
Voltei na decepção. Por lá eu não te vi. Você sumiu...
Partiu-se o meu coração;

Finalmente, sem o chulo palavreado (apenas em arte),
Em verdade, fui até a 'p.q.p',
E sabia de antemão que lá não estava você.
Mas fui por teimosia. E ganhei sabedoria (ensinamentos),
Encontrei mulheres guerreiras, de fibra.
Santas Madalenas e sofridas.
Que doam seus corpos mas não sentimentos.
E lá aliviei minha dor, 
Me deram verdadeiras lições de amor;

Então crítico e amargurado,
Embora do 'amor', mais estudado, 
Fico perdido, meio bobo-apaixonado.
Não me encontro em mim. Não encontro você.
Devo então ir pro além?

Creio que não... pois quero encontrar-te aqui,
Seja por bem ou seja por mal,
Diga-se, garra,
Quero viver na Terra,
O viés da paixão, deleites do amor carnal.

Diga-me então...
Até onde vou?
Até onde eu posso ir?
Acho-te em qual lugar?
 
Antonio Jadel
Enviado por Antonio Jadel em 04/03/2016


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