DO FUNDO DO POÇO
DO FUNDO DO POÇO
Contradição ou não,
Não tão ruim cair ao fundo do poço...
Pois de lá para baixo, não tem mais lugar.
O chão é o chão. O estrondo vulgar,
Sólido, frio, sem compaixão.
Mas ao fim do contato terreno é o limite.
De lá não se passa...
E de acolá é o que há de passar...
E o limite do '
arriba' esse não tem o sem fim.
Tenha-se o céu expandido ao seu dispor,
Crescimento, enfim,
Vitórias com argucia e ardor,
Saída pra cima, saída pro além,
Toques então do seu auto-amor,
Auto-estima em composição,
Levantar a moral,
Subir os degraus,
Escadas da vida, escaladas benditas,
Sair do sufoco com alento,
Não tem âncora pra baixo,
A força é suprimento,
Crédito do pensamento,
Rumo adiante pra ser um exemplo de fé,
Assim há de ser aquilo que é,
Âncora naquilo que faz,
Que sustenta o peso do alheio,
Explosão de alegria e um sorriso sagaz.
Do fundo do poço, seu moço,
Encontra-se o anseio pros sonhos,
Tem-se o caminho adiante,
Pras quimeras do entorno,
Raios de sól radiantes,
Vida acima do tudo e do nada.
Do fundo do poço,
Estufa-se o peito, eleva-se o tronco,
É o início de uma nova etapa,
Donde se recomeça vitoriosa jornada.
