HEI-DE-VENCER
HEI-DE-VENCER
Quando criança - de alma pura -
Sonhava demais admirando os astros,
Olhando pro céu estrelado,
precisamente a lua;
Adolescente que foi - sofrendo as dores daquele momento -
Esperava por um futuro melhor.
A paciência era '
dourada',
E diluía o sofrimento;
Jovem então se tornou.
Carregava malas pesadas de obrigações.
Cruéis ofícios, com canetas e papéis. E dilemas pra resolver.
E tinha que tomar decisões;
Mas por tudo lutou...
Então adulto que é,
não lhe espreme ou oprime os desígnios da vida.
O 'ser' é maior do que o 'ter'.
A vingança é co-irmã da santa-batalha dos pecadores.
Ainda tem sonhos,
Ainda tem dores,
Ainda ostenta um fardo pesado.
Mas sua força e fé não quedaram fracas ao inimigo alheio.
Mas quem é o inimigo?
Simbólico ser, que aniquila os compromissos!
Está d'outro lado (perceba isso aos seus olhos).
Destrói sonhos,
Mas constrói uma escada com intermináveis degraus.
Tudo foi e é passageiro.
A guerra é amiga da paz. Conversando se entendem...
A vontade da vida se aprimorou.
Hei-de-vencer...
... outras batalhas...
... e merecidas...
Porque muitas ao passo do dito passado,
já se passaram,
já foram vencidas.
obs: melhor ler a poesia ao som de 'Le Rêve' - The Last Opera (Saint Preux)