Antonio Jadel

Entre Sonhos & Poesias, a realidade do dia-a-dia.

Textos

ANESTESIA

ANESTESIA

Tive imbróglios imaginários,
Síncopes sentimentais,
Danos dogmáticos,
E fúteis fraquezas da minha fineza.
 
Sou uma alma sem dor.
Embora peço socorro alheio,
Vivo de lamúrias alegres,
E sorrisos forçados.

Convivo com a alegria e a nostalgia,
E uma melancolia trancada no peito (pra nunca se abrir),
Não fumo rancores.
Não bebo lágrimas nem as gotas das chuvas de verão.
Não sei se tenho amores,
Porisso à ninguém outorgo perdão.
 
Não sou pobre na acepção jurídica da palavra
(assim dizem os causídicos), 
Sou rico dos meus anseios e desejos.
E vivo atônito, de mim mesmo e dos outros,
Do mundo afora e do segredo de aqui dentro,
 
Não sou de direita, nem esquerda.
E não vivo no centro.
Minha imagem é incandescente,
as vezes decente, por ora indecente.
Acho que as vezes me sinto tangente,
pois saio buscando alforrias e prazeres de maresias.
 
Vivo enfim, dentro de mim,
De tudo que um pouco sofri,
- com uma alma sem dor -
Em completa anestesia.
Antonio Jadel
Enviado por Antonio Jadel em 24/02/2016


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