FAZER POESIA

Quando estou com a mente vazia,
e o pensamento ecoa,
é daí que me ponho a procura
de ter um papel e caneta.

Rabisco de um texto ou ideia,  
digito palavras, reúno provérbios e verbos,
caligrafia, gramática e nostalgia,
são sujeitos ocultos que fluem da minha cabeça.

Daí escrevo poesia,
Faço os meus versos,
e formato em frases o texto,
sem pretexto de condecoração.

Só quero que a rima se arrume (se der),
e o sentido do texto se aprume (se puder).
Um pouco de riso e animação,
e o som fique em boa leitura,
e registro pra que eu não esqueça (e não desapareça).

Daí a mente vagueia,
A estima agradece,
e o Recanto - aos meus textos - ele guarnece.

Não sei se é dom, esforço ou magia,
Mas é assim, simples-complexo,
o meu jeito de 'fazer poesia'.