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SEM RÓTULOSSEM RÓTULOS
Ela não perde a estribeira, e anda na beira do abismo,
Tem pálidas cores na sua face,
Cabelos sem glamour de atriz de novela,
Mãos desenganadas pelo suor do trabalho,
E mesmo assim, não tem um único centavo de crédito.
Caminha só, sorridente, e não sabe o porquê.
Teria mais pra lamúrias do que o sorriso amarelo...
Não tem vaidade,
(mas a sua idade é escondida)
Sua vida parece incolor.
Sem rótulos que lhe permitam conceituá-la uma dama,
Não é de ninguém. Nem de si próprio, diriam os escarniadores.
(...)
Mas tem algo que é inegável.
É uma mulher, de corpo bonito (embora modesto),
Tem sonhos. E isso basta,
Os rótulos? São funestos!
A vida, portanto, se-lhe-te ama.
Antonio Jadel
Enviado por Antonio Jadel em 06/02/2016
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