GEOMETRIA POÉTICA
GEOMETRIA POÉTICA
Entre pontos, linhas e círculos,
Círculos vazios (que não se completam),
Retas que são infinitas, e ângulos tortos,
Um centro equidistante de tudo, e lados opostos,
Uma assimetria de idéias, simétrica em palavras,
Uma pintura perfeita num quadro sem moldura,
Retas que vão além do contorno do simples,
Curvas essenciais,
Medidas sem consequências,
Raios exponenciais (com ou sem significado),
Pontos deliberados.
Pontos aglomerados.
E pontos também sufocados.
Paralelas de idéias e emoções.
Como numa geometria poética,
São linhas que não chegam a lugar nenhum.
Matemática em palavras, textos e poesias,
Retilíneos contextos de versos sintéticos,
Tudo depende das infindáveis interpretações...
Uma medida que não é exata,
mas tem na essência sua própria equação solucionada.
Conceitos em dúvidas, que ficam dispersos,
Entre riscos e rabiscos.
Assim pois, é meu norte, meu ego, não nego,
Assim pois, tangenciam-se meus versos.