Antonio Jadel

Entre Sonhos & Poesias, a realidade do dia-a-dia.

Textos

O CEMITÉRIO
O CEMITÉRIO

Passeio naquele lugar temido,
Maltrapilho que sou, vivo a existência dum riso e tédio.
Sinto prazer ao demais me entreter,
Então passear, namorar,
Dormir e jantar,
Num cemitério.
Vilipêndios cadáveres (que não fazem mal),
Árvores sonsas, Frescores noturnos,
Fantasmas risonhos (imaginários).
E túmulos arredios.
De mármores tenros, pretos, brancos, marcados, pixados, quebrados, com placas, e datas, com fotos (antigas, sem foco).
Túmulos destroços, furtos absurdos.
Deleites de obras de arte.
Pouco risos nem choros. Temor de um clima mais sério,
Me apraz muito então quando tem necrotério,
Remédio pro meu terror. Em verdade, pro amor.
Cemitério é beleza escondida.
Então por que esse medo anelar?
Sociedade 'fodida', cedo ou tarde, por lá hei descansar...
Corpos a defumar.

(...)

Menos eu, porque quando o destino final me chegar,
Me hei de me auto queimar.
Em pó virarei. Pois assim eu nasci.
Quero mesmo ser poeira do mar...
(Eu) No cemitério ?
Risos sarcásticos... Por lá já vivi.  
Antonio Jadel
Enviado por Antonio Jadel em 20/01/2016
Alterado em 20/01/2016


Comentários

Site do Escritor criado por Recanto das Letras