NÃO TENHO DÚVIDAS
NÃO TENHO DÚVIDAS
Não tenho fome,
Não tenho sede,
Me faltam desejos,
Não vejo futuro,
Nem tampouco o passado,
Só vejo o espelho à minha frente,
ato presente,
Que maltrata o olhar retilíneo,
Daquele que solta ao mundo,
a um vagar noturno, sorrateiro,
lampejos de maus pensamentos.
Não tenho nada que impede à mim,
ao mundo odiar,
Uma odisseia, que sina,
Um martírio, um pesadelo constante,
nada que valha-a-pena...
E por mais que me pense à dose do lado diabo,
Obscuros momentos,
Raiva no cio,
Não tenho dúvidas...
Me pende a vida, por meu interesse,
A escolha, o meu decidir,
Aquilo que quero, explícito ego,
O meu apontar,
O lado que vou declinar,
O lado clareio, claro e simples,
Um caminho do bem,
O lado de me aconchegar,
A tudo que busco,
Pelo bom modo de ser,
Pelo bom modo de ao mundo amar.
Antonio Jadel
Enviado por Antonio Jadel em 11/11/2015