AÇOITES NOTURNOS
AÇOITES NOTURNOS
Assombros,
Astutos assassinos,
E eu que sigo sozinho, submundo...
Assisto a tudo, calado, mudo,
Açoites que assustam,
que vem pela noite,
Negritudes sem sorte,
Periferia aguda, sinistra,
E eu me sorvo, me dói o suor de quem sangra,
Me sorve, o que sinto... o perdão me consome,
(...)
E a sorte, sinal sobrevida,
Simples que vem,
Singular lhes envolve,
Chega sem nada, sem toque,
Sem alma, com sede,
Que sorte, clemência,
E assim aos açoites anula, arrepende,
Sem assuntos no dia seguinte,
Salva-os a sorte,
Salva-os simplórios cidadãos, dos açoites noturnos,
Sem testemunhas,
Salva-os, da então sinistra e malfadada morte.
Antonio Jadel
Enviado por Antonio Jadel em 02/11/2015