|
SEGREDOS DESNUDOSSEGREDOS DESNUDOS
As paredes tem ouvidos,
Os corredores comentam,
Os tetos, telhados, sobremaneira nos olham,
Os pisos quietos nos sentem.
Sentidos estão à flor da pele,
Invisíveis não somos.
Vigiados estamos,
à toda forma, em todo momento.
Estamos desnudos, sem segredos...
a todo e qualquer movimento.
Só nos resta guardar em nós mesmos,
o nosso tormento.
Um desafio, sentido de desalento.
Segredos desnudos,
Não podemos deixá-los expostos,
abrigo contigo...
pra que não haja o despejo do nosso porvir.
E onde se guardam então os nossos anseios?
Espúrios devaneios ?
Esses segredos ?
Onde não se vê a ninguém,
muito menos se ouve,
tampouco se sente, resiliência,
Onde não há clarevidência...
Guardemo-nos tudo,
em complacência,
nos cofres seguros da consciência.
Antonio Jadel
Enviado por Antonio Jadel em 21/10/2015
Alterado em 21/10/2015
|
|