CONSCIÊNCIA TRANQUILA
CONSCIÊNCIA TRANQUILA
Estou meio preso,
mas não no gélido cárcere,
Mas na minha consciência.
Aos meios termos que somos,
eu não posso gritar ao mundo
tudo aquilo que tenho por dentro,
e o que sinto do meu lado arredio.
Minha ira proposital,
o meu ego desmedido,
meu rancor atrevido,
o furor desvairado.
Um alguém sem propósito,
o crime não revelado,
a acidez despolida,
um escárnio de vida,
um modo vadio, escancarado.
Este lado sacana - o lado diabo - que à mim não engana,
ele vive calado (que bom).
Eu guardo guardado, trancafiado,
e muito bem trancado.
Não dou chances ao '
demo'.
(...)
E por isso eu ando comigo ao meu 'lado de anjo',
sem desenganos,
em consciência tranquila,
na paz do que ganho,
com tudo que tenho,
sorriso nos lábios,
mens sana in corpore sano.
E assim não me engano,
amores amigos,
sempre, por certo,
ao tudo que é belo, poética trilha,
do início ao fim,
vivendo pro bem...
virtudes, amém,
consciência tranquila.