MÍSERA SOCIEDADE
MÍSERA SOCIEDADE
A carência do alimento não é só fome,
é sofrimento, desalento pra quem nada tem,
um martírio pra quem não consome.
E a humanidade, o homem ?
Distante demais do seu semelhante.
Não se nega a existência de amor,
Um toque fraterno, solidariedade.
Mas ao contexto da vida,
que coisa esquisita...
Pólos equidistantes, falta equilíbrio.
Parece que o bem se acanha ao mal.
Que mísera sociedade...
Ricos, desvarios, putaria em divindade.
Nobreza de caráter, só nas formais reuniões.
Nos salões, hipocrisia. Só pensam nas suas faturas,
Com champagne nas mãos, ironiza-se a maldade.
Já nos galpões subalternos, refugiados, povos sofríveis,
tanta gente, quanta pouca fartura,
pouca comida, nada de estímulo,
muito deprimo, tristeza incontida, em quantidade.
A riqueza há de existir, uma verdade.
Mas não contraponto, num desbalanceio
Sem o império da força, à injusta vaidade,
Somos em suma, nesse desequilíbrio d'alma,
uma mísera - mundial - sociedade.
Antonio Jadel
Enviado por Antonio Jadel em 20/09/2015
Alterado em 20/09/2015