A NOITE DE DOIS AMANTES
A NOITE DOIS AMANTES
Noite em luar,
Clima propenso, nem frio nem calor,
Dois amantes propensos ao amor.
E a mesa arrumada com pratos, talheres de prata,
e as taças de vinho, ávidas pelo sabor do líquido.
O jantar feito na hora,
entrada, o principal, e o 'postre' ao final.
Música de meio-fundo contrastando com as poucas luzes acesas.
Nada a contra-gosto.
Paixão, a certeza.
Tudo romântico, irado,
semântico, bailado,
vistas pro Atlântico, enamorados.
E um vinho só não nos cabe...
O branco, o tinto, o rosé,
o tinto de novo, e aquele frisante, entre risos, beijos delirantes,
e mais um branco italiano,
pro clima ser mais' extasiante.
Mas aos minutos que se passam
o diálogo se confunde na mente,
algo se transforma na gente.
(...)
De beijos e beijos (só isso então por enquanto),
Uma vertigem, estamos vendo miragem.
Um sono cambaleante, mictório ao instante,
E caímos na cama de almas lavadas,
num breve segundo da madrugada.
Nada feito de amor, excitação estagnada.
Apagamos de mãos dadas.
Nenhum gozo na cama.
Dormimos abraçados, roncando,
e entre nós ninguém reclama.
Amantes a dois sem nada fazer,
como um belo casal que a muito se ama.
Antonio Jadel
Enviado por Antonio Jadel em 15/09/2015
Alterado em 16/09/2015