VAGUEIA PÉS
VAGUEIA PÉS
Vagueia pés,
e eu desço a ladeira da conhecida rua,
logradouro famoso, da cidade em luz,
lotada ou chuvosa, na rua que és,
Vagueia pés, vagueia.
Vagueia quando quiser, mas vagueia.
E me leve até onde queiras,
Vagueia, sem queixas,
então me conduz.
Vagueia porque amanhã é incerto,
mas vagueia porque o passado lhe deu tal presente,
então desfrute, vagueia, perambule.
Não titubeie, vagueia.
Vagueia por vaguear.
Sem pressa ou pretensão, vagueia.
Vagueia com segurança,
não vagueie na indecisão.
Vagueia porque é teu caminho,
momento de satisfação.
Vagueia porque assim tem de ser.
Vá que não há barreiras,
não te vás a perecer. Vagueia...
Vagueia pés,
vagueia sem limites do tempo,
sem máculas do sofrimento,
sem dores em ti, vagueia,
os seus próprios pés,
Vagueia pés, e descubra por ti,
um novo além, uma rota florida,
em campo de pastos, um nada de tudo.
Vagueia pés, sem permissão de ninguém.
Vagueia para depois do limite do além.
Vagueia pés, até encontrares enfim,
o que realmente procuras...