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INFÂNCIAEu sou um bandoleiro que escrevo a esmo,
carrasco que pinta palavras,
mestre da minha pobre humildade,
ator da minha segurança,
Ainda me sinto criança.
Eu sou um idealista do passado,
cantor de quadros montados,
atleta da minha fútil ilusão,
porteiro sem chaves, sem nada pra abrir ou fechar,
Ainda me sinto menino que só quer brincar,
Eu sou atônito dos sonhos,
místico do meu querer,
idólatra do que ainda está pra acontecer,
Sou sistemático em minhas condutas, algo maroto,
Em verdade, ainda sou um garoto,
Sou um guri crescido, cansado, da vida desiludido.
Me sinto extasiado e mutilado,
nesta idade de maturidade.
Parece que só enxergo maldade...
Eis uma fase em mim de constante inconstância.
Porisso, reclamo um alívio.
Grito aos deuses que me concedam e me outorguem,
Viver novamente os sabores e a pureza,
da minha feliz fase da infância.
Antonio Jadel
Enviado por Antonio Jadel em 29/08/2015
Alterado em 22/04/2017
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