Antonio Jadel

Entre Sonhos & Poesias, a realidade do dia-a-dia.

Textos

A NOITE

A NOITE

A noite se esvai e passa lentamente,
nos minutos do relógio que não bate (é digital).
E me tenho a perquirir os meus sonhos mais latentes,
mas não vingo de deixar as tristezas no varal,
penduradas, expostas à janela aberta.

De modo que sinalizo às tristezas irem embora... agora!
Mas não se vão. Ficam.
E fincam paladar em meu peito.
Grito socorro à quem me escuta - ninguém - então concluo
que não tem jeito.

As tristezas devem ficar emolduradas no ser da gente.
Discernir a possibilidade de rechaçá-las não é opção prudente.
Em verdade são meia-parte de nós pra rebuscar a vida.
Não há saída...

Então a noite passa de vez, se esgota.
Vou dormir sem fechar a porta.
Assim as tristezas ficarão encolhidas, mas expostas,
próximas das alegrias, enconstas.

E talvez, tudo serão apenas combustíveis
para meus sonhos (ou pesadelos).
No fim, a noite acalenta o meu sono.
Isso que importa.
Antonio Jadel
Enviado por Antonio Jadel em 25/08/2015
Alterado em 25/08/2015


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