PENSO EM TI
Quizera, virgem que meus versos débeis
Meus pensares ao ar soltos, perdidos,
De mistura com as auras vespertinas,
Modulassem de manso aos teus ouvidos;
Que fallassem dos céo, da tarde límpida,
Derramando em tu'alma um vago enleio,
Que tu pudesses entendendo as queixas,
Merus versos, tímida, esconder no seio.
E, como a santa da legenda, quando,
Cortando o vôo a vierginaes amôres,
Teu pae acaso perguntasse: filha,
Que tens no seio? respondesses: flôres...
obs: texto original de 13/08/1941, atribuido a Tobias Barreto (constante no caderno de poesias de meu pai, Antonio Sava Mendes).
Tobias Barreto (constante no caderno de poesia de meu pai e Antonio Sava Mendes)
Enviado por Antonio Jadel em 17/08/2015
Alterado em 17/08/2015