CALADA DA NOITE
CALADA DA NOITE
Na calada noite eu penso em mulheres,
Poemas e filmes.
Anseios. Sexo. Seios...
Desejos. Lampejos d'alma.
A mente divaga, devagar.
E continuo meu pensar.
Em Deus, ateus...
Nos outros. Nos meus.
Ela é só minha: a calada da noite.
Com ela divido os meus momentos de sonhos e pesadelo.
A calada de noite, de mim no espelho, é meu maior modelo.
A Calada em seu próprio condão,
Apenas me dá ensejo, ao tudo que é,
Ao meu modo de ser, manifestação.
A calada da noite é alucinação.
E também imaginação.
Mistério de uma auto-compaixão.
A calada da noite é ela (imaginária abstração).
Que me olha e me atrai. Que me vê e se retrai.
Que me contempla.
Me analisa, e me deixa só.
Assim me compreende.
A calada na noite, só ela me entende.
Antonio Jadel
Enviado por Antonio Jadel em 17/08/2015
Alterado em 17/08/2015