INSPIRAÇÕES
Eu te amo, Edméa, eu te amo!
É o grito incessante de minh'alma,
Por ti deliro, imploro e clamo
Pois sem ti, jamais terei calma
-o-
É que a saudade meu ser invade,
Fazendo-me soffrer e por ti chorar!
Eis porque anseio por ti Ede,
Só tu far-me-ás a calma voltar.
-o-
Agora longe de ti, Edméa,
Não sei mais o que fazer,
A saudade de mim se assenhoria
E triste então é o meu viver.
-o-
Longe de ti Edmea, não poderei
jamais, tranquillo e calmo viver
Só o pensar de que teu não serei
Lágrimas e lágrimas já me fez verter.
-o-
Pulsa tristemente meu coração
Vive sem vida minha vida
Longe de ti, só, nesta solidão
Sinto que morrerei, querida.
-o-
Por ti vivo e morro, Edméa querida,
Senti não sei o que de mim srá
Luz dos meus olhos, luz da minha vida,
Contigo ao meu lado nova vida surgirá.
-o-
Ao deixar-te tristemente naquella noite,
Senti porfundamente o quanto te amava,
E a saudade desde então como um açoite,
De minh'alma profundos gemidos arrancava.
-o-
Não te vejo, não te fallo ha uma semana
Saudoso, meu ser todo se agita,
Minh'alma por ti implora e clama,
Por ti, só por ti, meu coração palpita.
-o-
Quando no trem deixava
A terra de minha amada,
Uma tristeza de mim se apoderava
A medida que o trem em disparada
Para longe della me levava
Deixando trsite e amargurada
Minh'alma, até então florida
Tornando-a, talvez, para sempre entristecida.
-o-
Nada no mundo sem ti me attrahe,
Longe de ti, triste é o meu viver,
E a vida de mim lentamente se esvahe
Aos poucos, aos poucos até morrer.
-o-
obs: em texto original, de 1931.
Antonio Sava Mendes (meu pai)
Enviado por Antonio Jadel em 14/08/2015
Alterado em 14/08/2015