NAUFRAGIO
O que eu tinha de bom no munto interno
Esperanças, amor, tranquillidade -
Tudo perdi, perdendo a claridade
De teu olhar divinamente teus.
Eu ver do cés, que nelle havia, o inferno
Hoje, meu ser completamente invade,
Como te perder, ganhei desta saudade
O soffrimento, que presindo eterno.
Atravéz de minha alma amargurada,
Amargurada sinto a natureza
E em tudo vejo simplesmente nada.
É que me fostes sempre um forte escudo
Para o que fosse dor, fosse tristeza...
Então com te perder, perdi tudo.
obs: texto original de 06/05/1933
Antonio Sava Mendes (meu pai)
Enviado por Antonio Jadel em 13/08/2015
Alterado em 13/08/2015