AMOR OPOSTO
O que somos nós ?
Se não o fruto do amor oposto...
Assim porque te vejo como o sexo oposto.
E oposto que é, náo me é imposto;
Pois assim não é a contra-gosto,
E sim de meu gosto, posto ...
O desejo, a paixão, a ilusão,
A entrega e o carinho de rosto a rosto.
De beijo a beijo, de perfumes e carícias.
De cheiro agradável, inconfundível nos lençóis da cama.
Você mulher, fêmea, o outro lado,
Carinhosa e afável como uma dama.
E o que dizer da nossa insensatez ?
Nada, pois não há desgosto,
Apenas o bom gosto de se envolver.
A loucura sana de se conhecer,
De se permitir e de se confiar em alguém que no fundo não se conhece
Mas se conhece mais do que se parece,
Na superfície da intuição de dois sentimentos.
Buscamos e procuramos o que queremos encontrar.
Encontramos o que sempre buscamos.
Do nada, do momento reservado ao momento de se conhecer,
Da intuição sem explicação.
Sentimento paralelo, ou oposto ? Não sei !
O lado de alguém que completa o nosso alguém...
Ainda que esse alguém permaneça misterioso...
Ah amor oposto, que gosto, que gostoso.
Repito: nada é a contra-gosto.
E que valha a arte de amar,
Ainda que incompreensível para o racional.
De racional, nada imposto,
Tudo ao nosso gosto: amor oposto.... você existe !
Antonio Jadel
Enviado por Antonio Jadel em 11/08/2015
Alterado em 27/08/2015