AMOR ESTRANHO, AMOR
Poema: AMOR ESTRANHO, AMOR
Amor, sentimento estranho, de se sentir ou viver.
E que ao dizer – assim - não me acanho,
Não me oponho ao sentimento de ti gostar, ainda que distante de ti estou, como estás de mim.
E estamos assim, um do outro, longe... embora pertos, incertos.
E na certeza da incerteza diria que poderíamos estar juntos, mas nada tentamos em nos aproximar...
Que ironia, uma amor real na mesma medida da ficção, que revela um querer sem ter. Ilusão...
Um ter sem querer, até porque nada fazemos para a situação mudar... apenas curtimos um leve sentimento de se gostar.
Dum contato sem pretensão, paixão, emoção, internet, um encontro na ocasião.
E do contato se fez saudade ... que maldade... mas nada fizemos pra mudar a situação, apenas um contato de emoção.
Podemos mais, eu sei... mas no fundo nos evitamos. E assim de verdade ou de mentirinha nos amamos.
Um carinho sem contato, sem toque, sem tato, inexplicavelmente não é chato (um barato). Um apego sem apego, sem aconchego ou chamego,
Um tezão sem beijo ou aperto, sem corpos grudados, suados ou entrelaçados, apenas um grito de amor, contido no ar ... e risos amordaçados.
No fundo, o amor sempre tem várias explicações, por mais estranho que se pareça. Ainda que não se aconteça.
Talvez seja assim o certo, o ideal – ainda que nos pareça mal - para manter a perfeição de um amor estranho, amor...
Antonio Jadel
Enviado por Antonio Jadel em 10/08/2015