DESCULPAS
Poema: DESCULPAS.
Desculpas não me dizem nada.
Não me confortam, não me abrigam.
São palavras que pra mim procuram justificar o 'não'.
E assim é, e penso de tal maneira.
Não que eu não tenha em minha mente os ditames do perdão...
é que me guardo nas lembranças do meu coração.
E à quem me pede desculpas, só lhe tenho saudades do que vivi,
só tenho imagens de emoção.
E também não lhe dou desculpas
porque não quero dela uma palavra derradeira...
Quero reviver a vida como vivi a vida de outrora,
ainda que passageira...
E de desculpas alheias procuramos amenizar o sofrimento.
O Tempo que passa ao longo do próprio tempo.
Algo que vai, vem, fica, permanece e se faz presente.
Algo eterno na mente da gente.
Na mente de um menino carente... que pede desculpas à toda sorte,
pois ao norte de um amor não teve sequência.
Apenas o revelar de sua deficiência.
De querer algo que se não pode.
E em desculpas se fugiu ao topo da distância à ser percorrida...
Ah minha amiga... as desculpas são sempre esfarrapadas.
Revestem-se muitas vezes de palavras dúbias, ignóbeis, sem sentido.
Mas também podem ser palavras
que em desculpas se procura justificar o amor à alguém,
um sentimento de um bem querer...
Um amor de transição, de momento...
... um amor inesquecível.
Ainda que ao sentido de sermos pra sempre eterno amigos.
Desculpas ... de nada.
Que fique sempre pra sempre, entre nós,
uma chama de paixão eternizada.
Antonio Jadel
Enviado por Antonio Jadel em 07/08/2015
Alterado em 01/09/2015