Poema: Vontade.

É só uma vontade,
É só um interesse,
E só um querer que não sei o por que.
É uma pretensão, talvez, pra alimentar mais uma ilusão.
E o meu não sei o por que, se traduz em te querer sem você realmente saber.
E assim me vejo na vontade de olhar pra você. Criar palavras de contato pra mais perto te conhecer.
E minha discrição se esconde nessa espreita situação. Te quero, aos mesmo tempo que de ti nada espero.
E alimento essa vontade como um prato cheio à saciar minha fome.
E no vazio de não te ter – embora com vontade presente e com fome de você – percebo que o tempo parece que a vontade consome.
Mas não muito consome, somente o necessário a um pouco espaço de tempo. Há sobras...
Pois de verdade, ainda que passageira, essa vontade não vai embora. Não some. E fica no agora. E não vejo a hora de novamente te ver.
... e assim, alimentar novamente a minha vontade.